Frente Ampla de Defesa do SUS do estado de São Paulo divulga carta aberta no Dia Mundial da Saúde.
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Neste 7 de abril, Dia Mundial da Saúde, saudamos, especialmente, a volta do Programa Nacional de Imunização e do Programa Mais Médicos do Sistema Único de Saúde, e da retomada da participação social na saúde.
Com o Programa Nacional de Imunização, em todo o Brasil, recuperamos a esperança de defender a vida e a ciência e nunca mais passar pelo sofrimento de 700 mil vidas perdidas para a covid-19, um dos piores momentos da história do país, que esperamos nunca mais retorne.
Com o Mais Médicos, já foram contratados mais de 28 mil profissionais para as periferias urbanas e 744 novos municípios passaram a ser atendidos; 977 novos médicos atuam na saúde indígena, nos 34 distritos sanitários indígenas integrados ao programa.
A participação social, através dos conselhos de saúde e das assembleias a nível federal, se fortalece para enfrentar os retrocessos como os ocorrido no Estado e na cidade de São Paulo, onde a participação é impedida ou desrespeitada pelos governos.
Saudamos a esperança e o SUS, mas sabemos que temos muito a caminhar e é preciso fazer um rápido balanço da saúde no Estado e na cidade de São Paulo.
A privatização dos serviços de saúde, por meio de contratos com Organizações Sociais da Saúde (OSSs), sem regras ou diretrizes nacionais, faz mal para o SUS e a nossa saúde. Quem ganha, são as OSSs. Uma delas faturou, em 2021, R$ 9 bilhões.
Todas as unidades básicas de saúde da capital estão sob a gestão de OSSs, portanto, é quem determina a política de saúde pública, com isso 70% de toda receita da saúde é para pagar as OSS’s.
Junto com a iniciativa privada, chegam empresas estrangeiras para disputar o dinheiro que deve financiar o direito à saúde que passa a ser tratado como mercadoria. No Congresso Nacional, vemos propostas de comercialização do sangue e até de partes do corpo humano.
A verdadeira epidemia de dengue, em São Paulo, é reflexo da extinção da Sucen, pelo governador, e da desestruturação da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), pelo prefeito. Não há diálogo com a população, faltam agentes de combate a endemias, biólogos e veterinários para a Covisa, material de trabalho e, muitas vezes, toda a prevenção da dengue e de outras doenças fica relegada a segundo plano ou restrita a ações não orientadas pela ciência. São Paulo precariza e subfinancia a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), sucateia os centros de atenção (CAPS), os centros de convivência e cooperativas (Ceccos) e o Programa de Redução de Danos. Tira dinheiro de políticas de cuidado em saúde mental, reconhecidas nacional e internacionalmente, para pôr em comunidades terapêuticas, que são espaços particulares de privação de liberdade, uma nova forma de manicômio.
Também temos assistido ao retrocesso no atendimento ao pré-natal, ao parto, em especial para as mulheres pretas e pobres. O fechamento do serviço de aborto legal no Hospital Vila Nova Cachoeirinha, pelo prefeito de São Paulo, é exemplo de desrespeito à lei e aos direitos reprodutivos.
O desmonte da vigilância em saúde, na capital, afetou também a saúde do trabalhador, que ainda vê os serviços importantes, como os Centros de Referência em Saúde do Trabalhador (CRST/Cerest), sendo precarizados ou fechados.
É preciso também falar do aumento da violência em São Paulo. Nos dois primeiros meses de 2024, as mortes pela PM, aumentaram em 94% em relação ao ano anterior, em meio a operações repressivas que, na Baixada Santista, já mataram mais de 70 pessoas. Enquanto isso, o secretário de Segurança Pública é contra o uso de câmera corporal pelos policiais, e o governador Tarcísio de Freitas vai a Israel abraçar um genocida que massacra o povo palestino.
Não é exagero dizer que até a morte foi privatizada em São Paulo. Os cemitérios públicos foram entregues para a iniciativa privada, empresas que que visam lucro em março de 2023. Naquele tempo era possível dar um sepultamento digno para um parente pagando R$ 289,35. Hoje, nenhum paulistano enterra um ente querido pagando menos do que R$ 3.250 mil.
Saúde é direito: atendimento digno para toda a população, respeito e controle social
A saúde é um direito, diz a bandeira da Organização Mundial da Saúde para 2024. Mas há muito a se fazer para garantir esse direito. Venha fazer essa luta com a gente!
Movimentos e Coletivos:
Articulação Nacional de Movimentos de Práticas de Educação Popular e Saúde (ANESP)
Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto- Osasco/SP (ABREA) Rede Brasileira de Redução de Danos e Direitos Humanos (REDUC)
Associação Brasileira de Saúde Mental – ABRASME Associação Indígena Pankararé – Osasco/SP
Associação Paulista de Saúde Pública (APSP) Associação Brasileira de Redução de Danos – ABORDA (núcleo São Paulo)
Associação dos Professores de Filosofia e Filósofos do Estado de São Paulo (Aproffesp)
Associação Projetos Integrados de de Desenvolvimento Sustentável (PIDS BtSP)
Brigada Pela Vida de São Paulo Centro da Mulher Imigrante e Refugiada – CEMIR Central de Movimentos Populares municipal SP
Centro de Convivência É de Lei
Coletivo Cidadania Ativa
Coletivo Democracia Corintiana – (CDC)
Coletivo Sonho, Sonho e Resistência e Luta Comuna da Terra Irmã Alberta (Cajamar/ MST)
Coordenação Fraternidade Leiga Charles de Foucald do Brasil – SP Escola de Fé e Política Waldemar Rossi
Federação das Associação comunitárias do Estado de São Paulo (FACESP)
Fórum do CEBs Região Belém
Fórum Popular de Saúde de Campo Limpo
Fórum de Saúde de Campo Limpo
Fórum Paulista da Luta Antimanicomial
Fórum Popular de Saúde da Zona Leste
Fórum Popular de Saúde
Frente Saúde Pela Vacinação Pública
Frente Estadual Antimanicomial de São Paulo (FEAESP)
Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde Grito dos Excluídos
Sã consciência
Associação Inclui Mais Coletivo Linhas de Sampa
Centro Santo Dias de Direitos Humanos da Arquidiocese de São Paulo
Comissão Justiça e Paz, CJP/SP
Conselho de Leigos da Arquidiocese de SP Movimento Mães em Luto da Zona Leste
Movimento Paulistano de Luta Contra a AIDS (MOPAIDS)
Movimento Popular de Saúde de São Mateus
Movimento Popular de Saúde da Zona Leste
Movimento popular de Saúde de parelheiros – e Marsilac Movimento Popular de Saúde da Sudeste Movimento popular de saúde Capela do Socorro Movimento Surep Brasil
Pastoral da Pessoa com Deficiência da Arquidiocese de São Paulo
Pastoral Fé e Política do Regional Sul1 da CNBB Pastoral Fé e Política da Arquidiocese de SP
Pastoral Fé e Política da Diocese de Campo Limpo
Pastoral Fé e Política da Diocese de Guarulhos
Pastoral Fé e Política da Região Episcopal da Lapa – Arquidiocese de SP
Escola de Fé e Política Waldemar Rossi da Arquidiocese de São Paulo.
Polo Cívico Brasilandia Plenária Estadual de Entidades e Movimentos de Saúde de São Paulo
Plenária Municipal de Saúde de Osasco e região
União dos Movimentos Populares de Saúde UMPS
União dos Aposentados e Pensionistas de Osasco e região (Uapo)
Entidades de Trabalhadores
Central dos Trabalhadores do Brasil CTB Central Única dos Trabalhadores (CUT)
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social (CNTSS)
Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito de São Paulo ( Fetss)
Federação dos Psicólogos de São Paulo ( Fenapsi)
Rede Nacional de Médicos e Médicas Populares
Sindicato dos Bancários de Limeira
Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região
Sindicato dos Enfermeiros do Estado de São Paulo – (Seesp)
Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema (Sindema)
Sindicato dos Médicos de São Paulo ( Simesp)
Sindicato dos Psicólogos de São Paulo (sinpsi)
Sindicato dos Servidores Públicos Municipais e Autárquicos de SBC (SindservSBC)
Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho,
Previdência e Assistência Social no Estado de São Paulo (Sinsprev)
Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e
Autarquias no Município de São Paulo (Sindsep)
Sindicato dos Trabalhadores Público da Saúde no Estado de São Paulo (SindSaúde-SP)
Sindicato dos Trabalhadores no Sistema de Operação,
Sinalização, Fiscalização Manutenção e Planejamento Viário e Urbano do Estado de São Paulo (Sindviarios)
Sindicato dos Trabalhadores das Autarquias de Fiscalização do Exercício Profissional e Entidades Coligadas no Estado de São Paulo (SINSEXPRO)
Conselheiros de Saúde
Conselheiros Nacionais de Saúde
Conselheiros Estaduais de Saúde
Conselheiros Municipais de Saúde de São Paulo
Conselheiros municipais de saúde de Osasco
Conselheiros municipais de saúde Mauá
Conselheiros Gestores das Unidades de Saúde
Partidos e Parlamentares
Deputada estadual Márcia Lia (PT)
Deputada estadual Mônica Seixas do Movimento Pretas (Psol)
Deputada Estadual Paula da Bancada Feminista (Psol)
Deputada Federal Juliana Cardoso (PT)
Deputada Federal Samia Bonfim (Psol)
Deputado Estadual Luiz Claudio Marcolino (PT)
Deputado estadual Carlos Neder in memorian
Deputado Estadual Paulo Fiorillo (pt)
Vereador Hélio Rodrigues (PT)
Vereador Manoel Del Rio (PT)
Vereadora Luana Alves (Psol)
Setorial Saúde (Psol)
Setorial Estadual de Saúde do PT
Setorial de Saúde Municipal do PT
Setorial Sindical Municipal do PT
Setorial de saúde MST