O corre das carroças

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As carroças foram algumas das muitas coisas levadas pela prefeitura naquele dia. Bomba de gás, barricadas de fogo, pedras, e até tiros letais disparados pela polícia (uma pessoa foi atingida na perna e outra de raspão no pescoço) marcaram a ação violenta e desencontrada que a prefeitura e o governo de estado de São Paulo fizeram na região conhecida como Cracolândia no dia 29 de abril. Entre os pertences da população que foram confiscados, estava também o meio de sustento dos carroceiros.

A promessa de que as carroças vão ser devolvidas, no entanto, foi reivindicada junto à Prefeitura pela Defensoria Pública do Estado de São Paulo junto com o Coletivo Sem Ternos, grupo de trabalhadores que atuam na região do qual o É de Lei faz parte.

Na terça-feira (4 de agosto) as carroças receberam a visita de integrantes do Sem Ternos acompanhados da Defensoria, para pensar e organizar o processo de devolução – processo esse, aliás, que se espera será concluído e comemorado em breve. E em carroçeata. Apesar do importante passo do resgate dos pertences (já que, claro, a dignidade o Estado não consegue confiscar), é importante lembrar que faltam muitos passos na caminhada: as carroças ainda estão proibidas de circular na Cracolândia.

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