Time do É de Lei estreia na 14ª Copa da Inclusão

postado em: blog | 0

Por Gabriela Moncau

 

“Foi um parágrafo excitante da nossa história. O time estava muito unido, só que faltou a gente utilizar a parte direita da quadra. A gente perdeu infelizmente de 3 x 0. Na verdade, todo mundo entrou com vontade de ganhar, só que a gente não estava muito treinado. Mas no fim a gente está aqui para aprender, desaprender, construir e desconstruir tudo aquilo que a gente sabe, né?”. Aécio é um dos conviventes do É de Lei que está participando da 14ª edição da Copa da Inclusão, que teve sua abertura no sábado, 15 de agosto.

O futebol, como sempre, é a principal atração, mas a Copa da Inclusão – que existe desde 2002 e dessa vez conta com quase 80 instituições inscritas de diversos municípios do Estado de São Paulo – reúne jogos de tabuleiro, queimada, tênis de mesa, debates, oficinas terapêuticas e feira de artesanato. O encontro esportivo, cultural e terapêutico propõe, dentro do contexto da luta antimanicomial, o desenvolvimento de novas práticas, discursos e integração entre usuários, profissionais e familiares dos serviços de saúde mental.

Organizada pela ONG Sã Consciência em conjunto com o Sesc, a Copa da Inclusão desse ano acontece nos dias 15, 22, 29 de agosto, 12, 19 e 26 de setembro no Sesc Itaquera. “Trata-se de uma iniciativa que procura criar novos canais para a promoção de saúde mental, tal como um espaço de lazer e expressão aos pacientes”, explicam os organizadores.

O É de Lei participa todos os anos da Copa da Inclusão desde 2007. Dessa vez a escalação contou com as ilustres presenças de Marivaldo, Rogério, Santiágua, Dino, Aécio, Samir, Alê, Cláudio e Wanderson, além dos integrantes da equipe que acompanharam o time.

“Além das pessoas se divertirem, tem essa coisa importante de criar uma oportunidade de se relacionarem, estabelecerem uma troca, conhecer os outros serviços inclusive”, opina Thika Calil, que além de redutor de danos do É de Lei, cumpriu os papeis de massagista, juiz e torcida. “Na saúde mental, seja relacionada com o uso de drogas ou não, as pessoas são muito estigmatizadas. Nesse contexto, uma Copa que se propõe a trabalhar a ideia da inclusão, das pessoas serem tratadas de igual pra igual, enfim, da valorização da sociabilidade, é muito importante”, completa.

 

 

 

Comentários estão fechados.