É de Lei recomenda: Nota de repúdio à criação do departamento de apoio às comunidades terapêuticas

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Nós, do Centro de Convivência É de Lei, apoiamos a Nota de Repúdio à criação do Departamento de Apoio às Comunidades Terapêuticas da Associação Brasileira de Saúde Mental (ABRASME). Desde 2019, quando o então governo Bolsonaro aprovou a nova Política Nacional sobre Drogas, temos alertado para a diminuição das políticas institucionais baseadas na redução de danos em detrimento do exponencial aumento do financiamento para as comunidades terapêuticas.

Dessa forma, nos juntamos à indignação da ABRASME com a criação do Departamento de Apoio às Comunidade Terapêuticas, sem que haja maior apoio a políticas do SUS e do SUAS embasadas cientificamente e construídas ao longo de muitos anos de luta antimanicomial e pelo cuidado em liberdade, da qual o É de Lei faz parte desde sua criação.

É sintomático, para nós, que o Departamento de Apoio às Comunidades Terapêuticas esteja dentro do Ministério do desenvolvimento, assistência social, família e combate à fome, já que, pela nossa experiência na ponta, muitas vezes, as CTs são uma alternativa para quem passa fome e/ou não tem onde morar, ainda que também, muitas vezes, as internações venham com relatos de violências durante o período de estadia. 

A partir da nossa experiência de mais de 20 anos de atuação com Redução de Danos, o tratamento mais efetivo para quem usa drogas de maneira desorganizada e está em contextos de vulnerabilidade é incidir em diferentes áreas da vida da pessoa, lidando com o cuidado de uma forma transversal, na saúde, na assistência social e nas lutas por moradia, trabalho etc. 

Visualize a nota da abrasme aqui.

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