Centro de Convivência É de Lei lança cartilha sobre Redução de Danos em São Paulo
Após a política de drogas brasileira ser considerada a pior do mundo, publicação faz balanço de como a Redução de Danos pode contribuir para melhorar os serviços de saúde e assistência social de São Paulo
No Dia Internacional dos Direitos Humanos, 10 de dezembro, o Centro de Convivência É de Lei lançou uma cartilha com um balanço da atuação dos serviços de saúde e assistência social e sua relação com a Redução de Danos na cidade de São Paulo. O material, que foi divulgado em live no Facebook do É de Lei, é resultado de encontros realizados ao longo do ano pelo projeto “Do Baque ao Crack: a história da Redução de Danos na cidade de São Paulo”, com profissionais do município.
Em 2018, o É de Lei visitou cidades de todas as regiões do Brasil para realizar um levantamento histórico e um mapeamento das ações de Redução de Danos em nível nacional. A partir dessa experiência, a organização entendeu a importância de replicá-la no município em que atua há mais de 20 anos, a fim de averiguar a efetividade das políticas atuais, identificar o que é necessário melhorar ou modificar, e apontar novas perspectivas e ações para o cuidado da população que acessa os serviços públicos de saúde e assistência social.
A realização desse balanço sobre as políticas públicas atuais é importante para entender o contexto brasileiro no cenário da política de drogas. De acordo com o Global Drug Policy Index, divulgado em novembro, o Brasil está em último lugar no ranking de políticas sobre drogas. Isso significa que temos a pior política de drogas do mundo.
Os principais objetivos da cartilha “Do Baque ao Crack: Redução de Danos em São Paulo” são contribuir para um debate propositivo sobre a política sobre drogas executada em São Paulo em relação ao uso e às IST/HIV/aids/Hepatites Virais, e fomentar a articulação de redes e a troca de experiências, além de documentar as diferentes experiências e perspectivas das práticas de Redução de Danos na cidade de São Paulo.